sexta-feira, 13 de maio de 2011

Começo, Meio e Fim

 E ai um belo dia você conhece um cara que te faz perder o chão... Ah, ele aparece do nada, vira tua vida do avesso e sem pedir licença te conquista. Ele te faz ter a certeza de que aquela sua incansável busca pelo príncipe encantado finalmente acabou.  Então você volta a cantar Sandy e Júnior no Chuveiro, já não odeia mais filmes água com açúcar, suspira quando vê um casal apaixonada na rua e já não quer morrer, ou matar, aquele seu tio que sempre que pode pergunta quando vai se casar. E por um tempo, você é realmente feliz, muito feliz. Mas ai vem a desilusão, e por “n” motivos acaba descobrindo que ele não é exatamente o que você sempre sonhou. Chora. Sofre. Esperneia. E como toda mulher começa a achar que o problema está com você! Procura motivos, procura detalhes, tentando perceber onde errou. Se ligou demais, se ligou de menos.  Se falou demais, se falou de menos. Se amou demais, se amou de menos. E nada. Coloca a culpa na mãe, nas amigas, no cachorro e nada.  Resolve mudar. Pinta o cabelo, Entra na academia, troca de guarda roupa e nada. Pensa  até em mudar de país. Decide: Se ele não quer, tem quem queira. Junta mais meia dúzia de desiludidas e vai para a balada. Confesso. Na hora, com ajuda de algumas margueritas, até resolve. Mas ai vem o domingo. Aquele Domingo. E aquele imenso espaço vazio que ele deixou, só aumentou. E dói, como dói. O telefone não toca. E você chora. E parece que aquilo nunca vai parar. As lágrimas não secam. A dor não ameniza. A felicidade parece um sonho muito distante. Mais uma semana. E a dor ainda está lá. Outra semana. E as lágrimas insistem. Mais uma semana, e você descobre que ele já está com outra. E você sofre como se fosse o primeiro domingo. Aquele domingo. Mais algumas semanas. Você se acostumou com a dor. Outra semana você percebe que mal se lembra do tom da voz dele. E lá se vai mais uma semana. As lágrimas já não vêm com tanta facilidade, você não treme só de pensar em encontrá-lo na rua. As ações do dia-a-dia já não o lembram o tempo todo. Os restaurantes, as manias, nada daquilo faz mais parte da sua vida. Então você percebe: Ele saiu da sua rotina. E a dor vai diminuindo, semana a semana, dia a dia, segundo a segundo. E quando você menos espera lá está você, rezando, torcendo para que um belo dia você conheça um cara que te faça perder o chão...


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